12 de fevereiro de 2010

Boas maneiras

Um dos motivos principais apara o surgimento das boas maneiras deve-se à necessidade de manter preservados e protegidos os espaços vitais de um grupo ou indivíduo. Implica educação e padrões de comportamento não evasivo em relação à vida em geral, estendendo-se principalmente às relações humanas. Significa que devemos agir em conformidade com certas maneiras culturais e éticas que podem abranger, ou não, tempo e espaço. 

Resultam, também, de um conjunto de regras que permitem a sã convivência entre duas ou mais pessoas, respeitando a sua individualidade e costumes pessoais. Seria como estar inserido num condomínio, no qual existe o seu apartamento privado, no qual pode aplicar suas regras individuais; e espaços comuns, partilhados por todos e regido sob algumas normas gerais, aplicáveis a todos os demais para que haja harmonia e respeito mútuo. Neste exemplo, as boas maneiras seriam por analogia as regras gerais, extensíveis a todos os residentes, permitindo as boas relações interpessoais que, por consequência preservam a sua fracção privada, sua cultura individual. Contudo, para que exista esta forma de (con)vivência, seria primeiro necessário entender e aplicar com diligência tal hábito de respeito mútuo e aceitação da diferença. As regras, em geral, são para equilibrar algo, para regrarem alguma coisa; é uma forma organizativa, uma metodologia que nos impulsiona a evoluir de forma saudável, permitindo a cada ser individual ou a cada grupo exercer a sua liberdade de acção dentro de parâmetros estabelecidos. 

Por isso o Dakshinacharatántrika- Niríshwarasámkhya Yôga valoriza a liberdade e a espontaneidade, porém rege-se dentro de um código de regras que se denominam como Código de ética do Yôgin. Sem este, seria como percorrer uma cidade sem as coordenadas de onde estamos, para onde vamos e como vamos.

Para saber mais, consulte o livro Boas maneiras no Yôga.

Swásthya!

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